Estresse e cansaço fazem parte do nosso dia a dia, no entanto, quando presentes em excesso, podem se tornar extremamente perigosos para qualquer pessoa. No mundo corporativo a atenção tem sido redobrada para evitar essa condição.
Pode acontecer no chão de fábrica de pequenas empresas ou em grandes corporações, e está cada vez mais comum na administração pública.
Todos estamos sujeitos a enfrentar situações muito estressantes as quais não conseguimos administrá-las de forma adequada e atingir o cansaço extremo.
Essa exaustão profissional tem nome e infelizmente tem sido experimentado por milhões de pessoas ao redor do mundo: é a Síndrome de Burnout.
De acordo com o último levantamento da ISMA Brasil (International Stress Management Association), 32% dos trabalhadores brasileiros sofrem dessa Síndrome e o Brasil já é o segundo país com o maior número de pessoas afetadas.
E os servidores públicos não estão imunes. Em um artigo sobre o contexto de trabalho na Secretaria Social de Itaocara (RJ), a autora Arianna Ernandes evidenciou como o Burnout tem afetado a administração pública municipal.
Cerca 6 em cada 10 profissionais da área estudada manifestam sinais significativos do aumento de uma insuficiência emocional e apontam que há alterações em suas vidas pessoais em razão da influência do trabalho em seu cotidiano.
Apenas 18,8% se sentem realizados profissionalmente, o fator determinante para o não progresso da Síndrome de Burnout pelos servidores, e que se deve ao sentimento de poder ajudar outras pessoas.
Um sinal de alerta. A gestão pública não está imune à Síndrome de Burnout, que pode ser um fator de risco para o desempenho dos servidores devido ao índice de esgotamento emocional e à falta de motivação.
O Burnout geralmente ocorre em profissionais que lidam com pressão emocional constante no dia a dia, e mantém contato direto com pessoas e situações estressantes por longo período de tempo.
Recentemente, o termo burnout tem sido pauta de notícias, eventos e conversas em diversos lugares do mundo. O termo já é usado há quase 50 anos para descrever o esgotamento emocional e físico causado por estresse crônico.
“Burnout é uma síndrome conceituada como resultante do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso”, define a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID).
Segundo a OMS, esse tipo de esgotamento é um fator que influencia nossa saúde sendo caracterizado por três elementos principais:
O psicanalista alemão Herbert J. Freudenberger, detectou o problema em si mesmo no ano de 1974. Junto à psicanalista americana Gail North, organizou um estudo que aponta 12 estágios pelos quais as pessoas podem passar antes de chegar à Síndrome de Burnout.
Segundo o estudo, os estágios não possuem exatamente uma ordem, podendo também ocorrer em intensidade diferentes e passando direto a estágios mais graves.
A psicóloga Haifa Elias Amado Sonda, evidencia que a Síndrome de Burnout pode ser causada pela falta de reconhecimento no trabalho, ambientes profissionais tóxicos e com ações de abuso emocional, longas horas de jornada e sobrecarga de trabalho, além do medo de perder o emprego.
Ela aponta ainda que alguns sintomas podem anteceder os estágios e desenvolvimento da Síndrome e que muitas vezes passam despercebidos pelo trabalhador, já que surgem de forma leve, mas tendem a piorar com o passar dos dias.
Por essa razão, muitas pessoas acham que pode ser algo passageiro, não dão a atenção necessária, nem buscam um tratamento efetivo.
Ao ser incluída na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, a Burnout passou a ser melhor compreendida e também falada no meio profissional, o que ajuda os trabalhadores a buscar um tratamento adequado.
“Com esse entendimento, as organizações públicas e privadas passaram a reconhecer que todos os profissionais estão suscetíveis. Isso abre a oportunidade para a construção de novas atividades de promoção da saúde e de prevenção do adoecimento nas organizações”, diz a especialista.
A melhor forma de prevenir a Síndrome de Burnout são estratégias que diminuam o estresse e a pressão no trabalho.
Condutas saudáveis evitam o desenvolvimento da doença, assim como ajudam a tratar os sintomas logo no início.
Especialista no tratamento de doenças de cunho emocional em seus diversos níveis, Haifa destaca que é possível prevenir a Síndrome de Burnout utilizando algumas estratégias.
Para a psicóloga, outra conduta muito recomendada para prevenir a Síndrome de Burnout é descansar adequadamente, com boa noite de sono e manter o equilíbrio entre o trabalho, lazer, família, vida social e atividades físicas.
“O ser humano não é à prova de problemas e é preciso reconhecer a necessidade de se buscar equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional. Além de trabalhar em um ambiente saudável, é importante fazer terapia, meditar e procurar outras formas de alinhar o corpo e a mente”, destaca.
Não podemos esquecer que não é tão comum que organizações assumam seus problemas, identifiquem onde pisaram na bola, revejam sua conduta ética, métodos de trabalho e se entendam responsáveis pelo bem-estar dos servidores.
No entanto, diversas instituições já estão buscando alternativas para minimizar os riscos e contribuir com a melhoria da saúde mental do indivíduo, propiciando ao servidor a transformação do ambiente de trabalho.
Nesse sentido, a área de Recursos Humanos tem papel fundamental nesse processo a fim de realizar um diagnóstico organizacional, da liderança e da situação dos servidores, que são o capital mais importante, seja uma instituição pública ou privada.
Clarissa Ariel, que está à frente do time de Recursos Humanos do Aprova Digital, pontua que estratégias podem ser adotadas nas organizações para que seja construída uma cultura voltada para o bem-estar das pessoas.
Uma das alternativas para evitar o desgaste desnecessário é conseguir priorizar tarefas mais importantes. Claro que, normalmente, tudo o que temos para fazer são coisas importantes, mas em níveis de urgência e de prioridade diferentes.
Por isso é importante ter consciência da diferença entre tarefas importantes e urgentes. A verdade é que a maioria das coisas pode ser feita com calma e sem toda a ansiedade que o senso de urgência nos traz.
Ao receber uma demanda, tire alguns minutos para analisá-la tranquilamente e verificar o que deve ser feito, bem como a melhor maneira de agir. Ao fazer essa avaliação, é possível verificar o grau de importância.
A utilização de recursos tecnológicos no setor privado tem possibilitado que muitas atividades diárias sejam automatizadas, como cálculos, registros, emissão de certidões, assinaturas e validações. Na administração pública não é diferente.
As soluções inteligentes liberam tempo para que o servidor possa avaliar com mais calma as atividades que demandam maior estratégia. Também acaba com os vilões da produtividade na gestão pública, como por exemplo:
Com a tecnologia esses problemas na rotina podem ser resolvidos de forma mais prática e eficiente, evitando a sobrecarga de trabalho, o desgaste por tarefas repetitivas e que poderiam ser automáticas, sem necessidade do envolvimento e esgotamento do servidor.
Agora, pensando no seu local de trabalho, reflita sobre os questionamentos abaixo e veja se o seu ambiente profissional está precisando de mudanças:
Se você respondeu sim para alguma das perguntas do tópico acima, você pode sim estar exposto a uma atividade que possibilita o desenvolvimento de transtornos emocionais, estresse, ou mesmo atingir o esgotamento profissional que tanto falamos durante o nosso texto.
A rotina maçante, a sobrecarga de trabalho, a falta de equilíbrio entre vida profissional e pessoal, podem atrapalhar o ser humano nos dois ambientes. Gerir adequadamente o tempo fora do ambiente profissional é tão importante quanto dentro dela.
Sabemos que é praticamente impossível separar completamente a vida pessoal da profissional, mas buscar o equilíbrio é a chave para ganhar qualidade de vida, a fim de manter sua saúde e também para acumular bons resultados ao longo da carreira.
Sem equilíbrio é impossível ser bem-sucedido nas duas áreas da vida, além de que a falta de tempo para momentos de lazer, é um dos fatores que podem desencadear o Burnout e outros problemas emocionais.
A facilitação das rotinas de atividades que reduzem a pressão e sobrecarga de trabalho, otimizar tempo, reduzir o desgaste e aborrecimentos diários causados por inúmeros fatores, são algumas das alternativas que possibilitam maior qualidade de vida.
Utilizando soluções inteligentes, você e sua equipe podem evitar trabalhos maçantes e repetitivos na rotina, direcionando o foco e energia àquilo que estimula mais a criatividade e bem-estar de todos os servidores.
O objetivo do Aprova Digital é levar mais praticidade ao seu dia a dia por meio de tecnologia, automação e integração de sistemas, garantindo eficiência, transparência e agilidade nos processos.
Enquanto estou aqui trocando essa ideia com você, temos um time de especialistas resolvendo os problemas de milhares de servidores de prefeituras de todo o país e um deles resolverá especificamente o seu problema.
Não apenas nosso saudoso Tim Maia buscava pelo tão almejado sossego. Eu, você e todos os seres vivos do planeta queremos de fato fugir do estresse e ter o mínimo de sossego para se dedicar a outras coisas também necessárias: estudo, saúde, lazer, família e outros pilares para uma vida plena.
Nós estamos aqui para ajudar a resolver seus problemas e valorizar a base do processo que faz a máquina pública funcionar com eficiência e qualidade: você!
Solicite um orçamento para colocar sua prefeitura no piloto automático e acabar com a sobrecarga de trabalho dos servidores!