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Servidores gastam em média 108 dias úteis por ano com checagem manual de documentos

Segundo levantamento, a mesma documentação básica é exigida e conferida em 9 de cada 10 serviços públicos.

18 de ago. de 2025

Marco Zanatta, CEO da Aprova, ao lado do prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, durante evento sobre cidades inteligentes.

RG, CPF e comprovante de residência estão entre os documentos mais exigidos em qualquer processo público.

Um levantamento da Aprova — govtech referência em automação de processos com inteligência artificial — mostrou que 9 em cada 10 solicitações feitas às prefeituras (91%) exigem esse tipo de documentação básica.

O dado revela o tamanho de um problema invisível que se repete diariamente no setor público.

Meio ano perdido em checagens manuais

A análise, realizada com 123 prefeituras, identificou que cada servidor gasta, em média, 108 dias úteis ao ano apenas na checagem manual desses documentos.

Na prática, é como se metade do tempo de trabalho fosse consumida por tarefas que já podem ser feitas automaticamente com inteligência artificial.

💡Leia também: Agentes de IA - a nova fase promissora dos sistemas para gestão pública

Cidades que já estão avançando

Em Florianópolis (SC), a IA já opera no licenciamento de obras e transformou a etapa inicial do processo.

“Hoje a IA analisa automaticamente os documentos e, já na etapa de consulta de viabilidade, indica se o projeto está compatível com os parâmetros definidos. Isso agiliza muito a tomada de decisão e reduz o retrabalho técnico”, explica Ivanna Carla Tomasi, Secretária Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano de Florianópolis.

Já em Cascavel (PR), a triagem documental com IA validou mais de 3.500 documentos em apenas três meses, com economia estimada de até R$ 360 mil por secretaria ao ano.

Além do ganho financeiro, houve impacto direto na produtividade: comprovantes de endereço, matrículas de imóveis e RGs agora passam por triagem automática, liberando os servidores para análises mais complexas.

Para Marco Antonio Zanatta, CEO da Aprova, a inteligência artificial deixa de ser promissora e passa a ser indispensável:

“O maior ganho da IA é permitir que o servidor volte a fazer o que só ele pode fazer: tomar decisões. A automação não substitui, mas complementa e libera horas preciosas que hoje são desperdiçadas com tarefas repetitivas.”

O que falta para avançar

Implementar inteligência artificial no setor público exige preparação. É necessário:

  • Estruturar processos

  • Digitalizar etapas

  • Garantir a governança dos dados

  • Capacitar equipes para operar o novo modelo

Guia gratuito para prefeituras

Para apoiar esse avanço, a Aprova lançou o e-book gratuito “IA na prática: o que você precisa saber antes de começar”, com orientações estratégicas para que as prefeituras possam aplicar a inteligência artificial com foco em resultados concretos.

📥 Baixe aqui: IA na prática: o que você precisa saber antes de começar