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Tipos de licitação: modalidades, critérios e quando usar

Descubra os principais tipos de licitação, entenda as modalidades previstas na lei, os critérios de julgamento e saiba quando aplicar cada uma.

23/06/2025

A escolha correta do tipo e da modalidade de licitação é um dos passos mais importantes para garantir que os recursos públicos sejam utilizados de forma eficiente, legal e transparente. Essa decisão impacta diretamente os prazos, a qualidade dos contratos e a segurança jurídica de toda a administração pública.

Mas com tantas mudanças nas leis nos últimos anos e com a coexistência de legislações antigas e da Nova Lei de Licitações, muitas prefeituras e órgãos públicos ainda enfrentam dúvidas:

Qual a modalidade certa? Qual o tipo de julgamento mais indicado? Como adequar os processos à Lei 14.133/21?

Este artigo reúne tudo o que você precisa saber para tomar a decisão certa e evitar erros que podem comprometer a contratação.

O que é licitação pública?

A licitação pública é um procedimento administrativo adotado por órgãos governamentais com o objetivo de contratar bens, serviços ou obras, sempre buscando a proposta mais vantajosa para a administração.

Ela segue uma sequência de fases bem definida e é regida por um conjunto de leis que garantem a isonomia entre os participantes, a eficiência na gestão dos recursos públicos e a transparência perante a sociedade.

Essa obrigatoriedade de licitar existe para assegurar que todas as empresas interessadas tenham oportunidades iguais e que o processo de compra pública seja conduzido de forma justa, sem favorecimentos.

Principais legislações que regem as licitações no Brasil:

Atualmente, o Brasil convive com três marcos legais principais sobre licitações:

  • Lei 8.666/1993 – Conhecida como a Lei Geral de Licitações e Contratos, foi a norma principal por quase três décadas.

  • Lei 10.520/2002 – Responsável por criar a modalidade do Pregão, trazendo mais agilidade para contratações de bens e serviços comuns.

  • Lei 14.133/2021 – Conhecida como a Nova Lei de Licitações e Contratos, trouxe uma série de inovações para o setor.

Cada uma dessas leis possui regras próprias sobre modalidades, fases e tipos de julgamento, o que torna fundamental que gestores estejam atentos ao regime jurídico adotado em cada contratação.

Qual a diferença entre tipo de licitação e modalidade?

Uma dúvida muito comum entre gestores públicos é confundir o tipo da licitação com a modalidade. Apesar de parecerem semelhantes, são conceitos distintos.

  • O tipo de licitação determina o critério que será usado para julgar as propostas apresentadas pelos fornecedores. Ele define como a administração vai escolher o vencedor.

  • Já a modalidade de licitação diz respeito ao procedimento que será seguido durante o processo licitatório, incluindo as etapas formais, prazos e formas de participação.

Essa distinção é essencial para garantir que o processo seja conduzido de maneira correta e para evitar questionamentos posteriores por órgãos de controle como o Tribunal de Contas da União (TCU).

Quais são os tipos de licitação segundo os critérios de julgamento?

Agora que você já entendeu a diferença entre tipo e modalidade, é hora de conhecer os tipos de licitação previstos na legislação, especialmente na Nova Lei de Licitações (Lei 14.133/21):

Tipo de Licitação

Definição

Quando usar

Menor preço

Ganha a proposta que apresentar o menor valor, desde que cumpra os requisitos técnicos e legais.

Compras e serviços onde o preço é o fator decisivo.

Maior desconto

Vence quem oferece o maior desconto sobre o valor de referência.

Contratações por registro de preços ou contratos de fornecimento continuado.

Melhor técnica

A proposta com a melhor avaliação técnica é a vencedora, independentemente do preço.

Projetos intelectuais, como estudos de viabilidade ou projetos de engenharia complexa.

Técnica e preço

Combina a pontuação técnica com o preço ofertado.

Serviços onde a qualidade técnica é tão importante quanto o valor, como TI e consultorias especializadas.

Maior lance ou oferta

Vence quem oferece o maior valor, aplicável principalmente a vendas públicas (leilões).

Alienação de bens móveis ou imóveis da administração pública.

Cada tipo atende a finalidades específicas e deve ser definido ainda na fase de planejamento da contratação.

Modalidades de licitação: como o processo é conduzido

Depois de definido o tipo de julgamento, o próximo passo é escolher a modalidade, ou seja, o formato pelo qual o processo ocorrerá.

A escolha da modalidade deve levar em conta o valor da contratação, a natureza do objeto e as exigências legais vigentes. Cada modalidade possui regras próprias sobre prazos, documentos exigidos e formas de publicação.

A seguir, veja as principais modalidades de licitação, incluindo aquelas da Nova Lei e das legislações anteriores:

Modalidade

Base Legal

Características principais

Quando utilizar

Pregão (presencial e eletrônico)

Lei 10.520/02 e Lei 14.133/21

Mais ágil, ampla concorrência, preferência por bens e serviços comuns.

Aquisição de materiais de escritório, serviços gerais, itens de TI.

Concorrência pública

Lei 8.666/93 e Lei 14.133/21

Modalidade mais ampla e complexa, exige maior documentação.

Grandes obras, serviços de engenharia e contratos de alto valor.

Tomada de preços

Lei 8.666/93

Requer que os participantes estejam cadastrados previamente no órgão licitante.

Contratos de valor intermediário.

Convite

Lei 8.666/93

Procedimento simplificado, com número reduzido de participantes.

Contratações de pequeno valor.

Leilão

Lei 8.666/93 e Lei 14.133/21

Venda de bens inservíveis ou imóveis públicos.

Alienação de veículos, equipamentos, imóveis.

Concurso

Lei 8.666/93 e Lei 14.133/21

Seleção de trabalhos técnicos, científicos ou artísticos.

Projetos arquitetônicos, trabalhos acadêmicos.

Diálogo competitivo

Lei 14.133/21

Modalidade inovadora, com diálogo prévio com o mercado para definição da solução.

Contratações complexas em que a administração ainda não sabe qual a melhor solução técnica disponível.

Dispensa de licitação e inexigibilidade: quando a administração pode contratar sem licitar?

Além das modalidades e tipos de licitação, a legislação brasileira também prevê casos em que a administração pública não precisa realizar uma licitação formal, desde que respeitados os requisitos legais. Essas situações são conhecidas como dispensa de licitação e inexigibilidade.

Dispensa de licitação

A dispensa ocorre em casos previstos expressamente em lei, nos quais a competição entre fornecedores é dispensada por motivos práticos, jurídicos ou emergenciais.

Principais hipóteses de dispensa:

  • Baixo valor: Limites definidos por lei, com atualização periódica.

  • Emergência ou calamidade pública: Situações que demandam resposta rápida para evitar prejuízos maiores.

  • Licitações desertas ou fracassadas: Quando não há propostas válidas ou participantes.

Base legal:

  • Art. 24 da Lei 8.666/93

  • Art. 75 da Lei 14.133/21

Inexigibilidade de licitação

Na inexigibilidade, a licitação é inviável porque só existe um fornecedor possível ou porque a natureza do serviço exige contratação direta.

Exemplos:

  • Fornecedor exclusivo

  • Artista consagrado

  • Serviços técnicos especializados de natureza singular

Base legal:

  • Art. 25 da Lei 8.666/93

  • Art. 74 da Lei 14.133/21

Conhecer bem essas exceções evita erros formais e problemas com órgãos de controle.

Exemplos reais de licitações (com documentos oficiais)

Sorocaba (SP) – Pregão Eletrônico nº 12/24
  • Objeto: Execução de sinalização viária horizontal.

  • Tipo: Menor preço.

  • Modalidade: Pregão eletrônico.

👉 Veja o modelo de pregão utilizado pela Prefeitura.

Câmara de Sorocaba – Pregão nº 25/2023
  • Objeto: Aquisição de equipamentos de informática para ilha de edição.

  • Tipo: Menor preço.

  • Modalidade: Pregão presencial.

👉 Leia também o modelo utilizado na Câmara Municipal.

💡 Você sabia que a Prefeitura de Sorocaba/SP utiliza a Aprova para garantir processos eficientes e 100% digitais na Secretaria de Planejamento Urbano? Depois de uma licitação realizada pelo município e cumprindo todos os requisitos legais, a Aprova foi responsável por automatizar todos os serviços do Protocolo Geral da Seplan.

Como as Micro e Pequenas Empresas (ME/EPP) podem participar das licitações públicas?

Micro e Pequenas Empresas têm tratamento diferenciado garantido por lei. Esse incentivo visa ampliar a participação de pequenos negócios nas compras públicas, promovendo desenvolvimento econômico local.

As principais vantagens incluem:

  • Exclusividade em contratações de até R$ 80.000,00: Modalidades como convite ou pregão podem ser direcionadas apenas para ME/EPP.

  • Empate técnico: Se a proposta da ME/EPP for até 5% superior à primeira colocada, ela pode apresentar nova proposta e vencer a disputa.

  • Subcontratação de ME/EPP: Em licitações de grande porte, pode-se exigir que uma parte do contrato seja executada por pequenas empresas.

  • Desburocratização: Menor exigência de documentos em algumas fases do processo.

👉 Mais informações detalhadas estão disponíveis na Lei Complementar 123/2006.

Passo a passo para escolher o tipo e a modalidade corretos

Uma escolha errada pode comprometer toda a licitação. Por isso, siga este roteiro:

  1. Identifique a necessidade: Defina se é uma obra, serviço ou aquisição de bens.

  2. Faça a estimativa de valor: Verifique o teto financeiro e o enquadramento legal.

  3. Analise a legislação aplicável: Escolha entre a Lei 8.666/93, a Lei 10.520/02 ou a Nova Lei de Licitações.

  4. Defina o tipo de julgamento: Qual critério melhor atende ao interesse público?

  5. Escolha a modalidade: Pregão? Concorrência? Diálogo competitivo?

  6. Considere os benefícios para ME/EPP: Inclua cláusulas que garantam isonomia.

  7. Elabore o edital com atenção aos detalhes: Regras claras, prazos definidos.

  8. Garanta ampla publicidade: Para atrair o maior número possível de fornecedores.

Transição para a Nova Lei de Licitações (14.133/21): o que muda e como se preparar

O Brasil está em uma fase de transição entre a antiga legislação (Lei 8.666/93 e Lei do Pregão) e a Nova Lei de Licitações (14.133/21). Essa mudança traz impactos significativos na forma como os gestores conduzem as contratações.

👉 Consulte o texto completo da Nova Lei de Licitações.

Prazos de transição:

  • Até 1º de abril de 2026, órgãos públicos podem escolher entre as legislações antigas ou a nova lei.

  • Após essa data, apenas a Lei 14.133/21 será válida.

O que muda na prática:

  • Fim das modalidades convite, tomada de preços e concorrência: Todas serão substituídas por modelos mais modernos, como o Pregão, Concorrência (nova versão) e Diálogo Competitivo.

  • Digitalização obrigatória dos processos.

  • Novos critérios de julgamento e fases invertidas em alguns casos.

Como sua prefeitura pode se preparar:

  • Promover treinamentos internos.

  • Atualizar regulamentos e modelos de edital.

  • Adequar sistemas de compras públicas.

  • Acompanhar orientações do TCU e da Secretaria de Gestão.

👉 Consulte o Portal Nacional de Contratações Públicas para mais detalhes.

Principais erros na escolha do tipo e modalidade de licitação

Antes de encerrar, é fundamental alertar para os erros mais comuns cometidos por órgãos públicos:

  • Definir modalidade com base apenas em costume anterior.

  • Ignorar o valor estimado da contratação.

  • Misturar conceitos de tipo e modalidade.

  • Não atualizar os editais conforme a Nova Lei.

  • Desconsiderar benefícios para ME/EPP.

  • Falta de transparência e publicidade inadequada.

Cada um desses erros pode gerar penalidades, impugnações ou até mesmo a anulação da licitação.

FAQ – Perguntas frequentes sobre tipos de licitação

Quais os principais tipos de licitação pública no Brasil?

Menor preço, maior desconto, melhor técnica, técnica e preço e maior lance ou oferta.

O que mudou com a Nova Lei de Licitações?

Houve a unificação de modalidades, inclusão do diálogo competitivo, digitalização de procedimentos e novo regime de responsabilidade.

Qual a diferença entre tipo e modalidade de licitação?

O tipo define o critério de julgamento da proposta. A modalidade define o procedimento administrativo.

Como ME/EPP podem se beneficiar nas licitações?

Com exclusividade em pequenos contratos, direito ao empate técnico e subcontratação obrigatória em alguns casos.

Como funciona o diálogo competitivo?

O órgão público dialoga com fornecedores para definir a melhor solução antes de lançar o edital final.

Quais documentos são exigidos em cada modalidade?

Depende da modalidade, mas geralmente inclui certidões, proposta comercial, atestados de capacidade técnica e documentos fiscais.

Escolher o tipo de licitação certo faz toda a diferença

Ao dominar os conceitos de tipo e modalidade de licitação, gestores públicos conseguem otimizar o tempo, reduzir riscos jurídicos e obter melhores resultados nas contratações.

Prefeituras que já passaram por esse processo de amadurecimento na gestão de compras públicas registram economia, aumento de competitividade entre fornecedores e maior controle sobre os recursos investidos.

👉 Se a sua prefeitura está pensando em fazer uma licitação para contratar serviços de tecnologia e inteligência artificial, chame aqui no whats e converse com os nossos especialistas.
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