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Análise de imagem com IA organiza serviços em Lagoa Santa
Liderando o uso de inteligência artificial no setor público, a cidade mineira se destaca com crescimento rápido e organizado. Conheça o impacto da IA na rotina dos servidores e no atendimento ao cidadão.
26/11/2025
A pressão cresce, demandas aumentam, equipes permanecem enxutas e muitos processos ainda dependem de conferências manuais.
A análise documental exige cada vez mais atenção minuciosa e a triagem de pedidos consome horas de deslocamentos e avaliações presenciais.
Esse cenário mostra a necessidade de soluções que sejam aliadas para o bom desempenho do serviço público.
É nesse contexto que a inteligência artificial vira ferramenta estratégica nas prefeituras brasileiras.
O avanço da tecnologia coloca a gestão pública diante de um novo padrão: automatizar etapas operacionais, reduzir erros humanos e liberar equipes técnicas para decisões qualificadas.
Municípios que aderem a esse movimento ganham escala, tempo e precisão em rotinas que antes travavam o atendimento. É o caso de Lagoa Santa.
O início da jornada
A modernização da cidade mineira começa em julho de 2022, quando a prefeitura implanta a Aprova na Secretaria de Planejamento Urbano. A princípio, o foco era resolver o básico: digitizar processos, reduzir papel e automatizar fluxos que exigiam visitas presenciais constantes à prefeitura.
A mudança melhora a rotina rapidamente. O ganho de tempo e clareza faz a tecnologia avançar para outras pastas e em pouco tempo, toda a prefeitura trabalha com processos 100% digitais.
Com essa virada, o impacto aparece de forma tangível:
50.336 horas de trabalho liberadas aos servidores só em 2025;
25.168 horas economizadas pelos cidadãos, que avançam sem devolutivas;
7.488.864,24 economizados com processos digitais;
7.550.400 folhas não impressas, reflexo direto das automatizações;
37.752 processos criados diretamente no formato digital.
O que antes eram pilhas de papel e arquivos físicos, hoje é seguro e 100% digital. Assista:
Esse passo cria base para mais um momento importante da jornada: a entrada da Lume, a inteligência artificial da Aprova.
No início de 2025, Lagoa Santa implanta os agentes da Lume para análise documental, triagem de processos, validação automática, leitura de laudos, resumo de informações técnicas e análise de imagens.
A cidade mineira avança do digital para o inteligente, sem perder o protagonismo do servidor: a IA funciona porque existe uma base digital sólida e uma equipe que conhece suas dores.
A virada de chave com IA
Depois da automatização dos fluxos e da adoção dos processos 100% digitais, Lagoa Santa dá um passo além ao incorporar Inteligência Artificial na triagem documental.
A digitalização já tinha reduzido etapas, eliminado papel e organizado o fluxo de entrada. O que muda com a IA é a profundidade da análise.
A LUME passa a interpretar cada documento anexado, extrair informações relevantes e preencher campos automaticamente. Ela identifica datas, dados pessoais, endereços, números de matrícula, informações de atestados e características técnicas que antes exigiam leitura detalhada.
Também verifica a coerência entre os dados apresentados e sinaliza inconsistências que poderiam passar despercebidas.
Quando o anexo está errado — por exemplo, quando o solicitante tenta enviar um comprovante no lugar do RG — a IA bloqueia o avanço e orienta o cidadão a corrigir.
Para a servidora, Carolina Becker, essa mudança devolve horas inteiras à equipe:
“Para analisar um documento simples, a gente perdia cerca de duas horas. A IA faz isso em segundos.”
E essa economia aparece claramente nos resultados: em 2025, só a automatização documental liberou 26.868 horas ao time técnico — horas que voltam para análises, contato com cidadãos e decisões mais qualificadas.
O cidadão também sente a diferença: Menos devolutivas, menos idas e vindas, mais previsibilidade.
Análise de imagem com IA
Pedidos de poda e corte fazem parte da rotina diária do município. Mesmo com fotos anexadas pelos moradores, a equipe ainda precisava confirmar presencialmente detalhes que determinam a urgência do atendimento.
Essa verificação consumia tempo e atrasava a definição das prioridades. A IA passou a atuar exatamente nesse ponto.
Com a LUME, cada imagem recebe uma leitura técnica automática que identifica sinais de risco e sugere a prioridade do serviço. O servidor ganha segurança para decidir, reduz deslocamentos desnecessários e direciona a equipe para os casos que realmente exigem resposta imediata.
Hoje, assim que o cidadão protocola o pedido e envia a imagem, a Lume analisa automaticamente o arquivo.
Ela identifica se a árvore está inclinada, se está próxima à rede elétrica, se existe risco de queda e qual é o nível de urgência. O servidor recebe a situação interpretada e decide com mais segurança e velocidade.
Segundo explica a servidora Thábata Gomes, que acompanha diariamente esse fluxo:
“Quando a IA analisar a árvore, ela detecta se está perto de fiação e qual é o grau de risco de cair. Isso define a prioridade e evita deslocamentos desnecessários.”
A análise pela IA remove o ruído, filtra os casos críticos e libera a equipe para atuar onde realmente importa. O tempo economizado volta para o atendimento, para as análises e para as ações de campo.
Mais que um recurso tecnológico, a análise de imagens virou uma forma de cuidar da cidade de forma mais inteligente e preventiva. Veja:
Quando a tecnologia trabalha com o servidor
A lógica adotada por Lagoa Santa é simples: deixar o que é repetitivo para a máquina e manter o que é técnico com o servidor.
A IA cuida de triagem, organização, conferência e interpretação inicial. O servidor cuida da decisão.
Esse modelo produz:
agilidade na análise;
redução de retrabalho;
maior precisão nas informações;
respostas mais rápidas ao cidadão;
economia financeira consolidada;
melhora na experiência de quem trabalha e de quem solicita.
A equipe se adapta bem porque a tecnologia resolve justamente o que mais desgasta o trabalho público: tarefas operacionais que consomem energia e não exigem formação técnica.
A cidade não só implementa IA. Ela cria um ambiente onde a IA funciona porque há:
processos nato-digitais;
servidores preparados e engajados;
fluxos organizados;
demanda real por automatização;
abertura para inovação;
servidores engajados.
Quando a tecnologia encontra uma gestão madura, o impacto deixa de ser pontual e vira resultado.
Na vanguarda do uso de IA no setor público
A experiência de Lagoa Santa mostra que nenhuma tecnologia se sustenta sozinha. IA só ganha sentido quando encontra servidores dispostos a transformar a rotina, questionar práticas antigas e buscar formas mais inteligentes de trabalhar.
O impacto não nasce do código; nasce da combinação entre ferramenta certa e equipe engajada.
Quando a prefeitura envolve quem está na ponta, a tecnologia deixa de ser novidade e passa a ser necessidade. Os fluxos mudam, as etapas ficam mais claras, a operação ganha segurança — e a IA passa a ser percebida como parte natural do trabalho, não como algo distante ou imposto.
É nessa colaboração diária que a LUME alcança seu melhor desempenho: atuando como parceira, não como substituta. O servidor percebe isso muito rápido.
Percebe que ganha tempo.
Percebe que ganha precisão.
Percebe que ganha tranquilidade para decidir.
E quando a tecnologia entrega propósito de verdade, ela deixa de ser um recurso opcional e vira peça-chave da gestão. Confira o vídeo:




