ITBI digital: o que muda para o contribuinte

ITBI é o imposto que formaliza a transferência de imóveis. Entenda como emitir, quando há isenção, quais documentos enviar e como o ITBI digital torna tudo mais rápido e simples.

19/11/2025

O que é ITBI

ITBI é o imposto municipal que oficializa a transferência de um imóvel. Sem esse pagamento, o cartório não registra a propriedade e a compra não se conclui.

Ele incide sobre transmissões onerosas — compra, venda, dação em pagamento, arrematação ou adjudicação. A Constituição (art. 156, II) atribui aos municípios a gestão do imposto, o que inclui definição de regras, forma de cálculo, documentos exigidos e alíquotas.

O ITBI garante segurança jurídica. Atualiza o cadastro imobiliário, impede fraude, evita transações informais e organiza o mercado. Sem ele, o imóvel permanece juridicamente no nome do proprietário anterior, mesmo que comprador e vendedor tenham assinado a escritura.

Para que serve o ITBI

O ITBI cumpre funções práticas e essenciais:

  • formaliza a transmissão de propriedade;

  • atualiza o cadastro imobiliário;

  • fortalece o controle urbano;

  • garante previsibilidade para cartórios;

  • dá segurança jurídica aos envolvidos;

  • gera receita para manter serviços públicos.

Quando o ITBI atrasa, todo o setor fica comprometido: comprador, vendedor, cartório, corretor e prefeitura.

Quando o ITBI é obrigatório

O ITBI se aplica a toda transmissão onerosa, como:

  • compra e venda tradicional;

  • arrematação em leilão;

  • adjudicação em processos judiciais;

  • dação em pagamento;

  • cessão onerosa de direitos aquisitivos.

Regra prática: sempre que há transmissão de propriedade mediante pagamento, existe ITBI.

Quando o ITBI tem isenção

As prefeituras definem as próprias situações de isenção, mas as mais comuns são:

  • imóveis vinculados a programas habitacionais;

  • transmissões com valor abaixo do mínimo municipal;

  • primeira aquisição em determinados programas;

  • políticas federais ou estaduais com isenção prevista.

Doação não gera ITBI, pois não há transmissão onerosa. Nesse caso, incide ITCD, de competência estadual.

Como calcular o ITBI

A fórmula é simples:

ITBI = base de cálculo × alíquota

A base de cálculo depende da legislação local. Pode ser:

  • valor venal de referência;

  • valor de avaliação municipal;

  • valor declarado, quando aceito.

A alíquota costuma variar entre 2% e 3%.

Quando existe divergência entre o preço declarado e o valor de mercado, a prefeitura realiza o arbitramento. Isso evita subavaliação de imóveis.

Documentos necessários para emitir ITBI

A documentação necessária geralmente inclui:

  • matrícula atualizada;

  • CPF ou CNPJ de comprador e vendedor;

  • contrato de compra e venda;

  • dados completos do imóvel;

  • documentos de identificação;

  • comprovante de endereço;

  • procuração, se houver representação.

Prefeituras com processos digitais reduzem erros e retrabalhos. O sistema valida informações, organiza anexos e impede envio de arquivos incorretos.

Como emitir a guia do ITBI (passo a passo simples)

  1. Acesse o portal de serviços da prefeitura.

  2. Abra o processo de ITBI.

  3. Informe os dados do imóvel e das partes.

  4. Anexe todos os documentos exigidos.

  5. A prefeitura realiza a análise.

  6. A guia é emitida.

  7. O contribuinte faz o pagamento.

  8. A prefeitura libera o documento necessário para registro.

  9. O cartório conclui o registro da propriedade.

Quando o processo é digital, as etapas ficam claras. O contribuinte acompanha tudo no sistema, sem retorno presencial.

Quanto tempo demora para sair o ITBI

O prazo depende da estrutura e do nível de automatização da prefeitura. Processos digitais saem em poucas horas. Fluxos físicos podem levar vários dias.

Essa é a realidade nacional. Municípios que ainda operam com papel, análise manual e tramitação entre secretarias costumam gerar insegurança, desgaste e atraso. O contribuinte não entende onde o processo está, não sabe o que falta e vive na dependência de retornos presenciais.

A transformação do ITBI em Lagoa Santa

O secretário da Fazenda de Lagoa Santa/MG, Dalmar Duarte, explica que, antes da automatização, o contribuinte enfrentava um processo lento. A tramitação física criava frustração. Documentos se perdiam. Pastas acumulavam.

Pessoas desistiam no meio do caminho. O município perdia arrecadação e previsibilidade.

Com o processo digital, tudo muda. O contribuinte cadastra o pedido no portal. O avaliador recebe o processo no mesmo instante. A análise flui com base em dados estruturados. A guia sai no mesmo dia. Em muitos casos, o sistema libera tudo em poucas horas.

Lagoa Santa é um exemplo claro: um fluxo que antes dependia de prazos longos e estruturais agora se resolve de forma simples e direta. Assista:

O que atrasa o ITBI

Os principais fatores de atraso incluem:

  • checagem manual de dados;

  • inconsistências cadastrais;

  • documentos enviados de forma incorreta;

  • etapas internas sem integração;

  • processos que exigem transporte físico de papel;

  • falta de triagem automatizada;

  • alto volume sem apoio tecnológico.

Lagoa Santa sofria com problemas desse tipo. A fala do secretário reforça que o contribuinte desistia do processo quando via que a tramitação não avançava. Com o digital, o contribuinte sabe exatamente o que enviar, acompanha tudo com transparência e recebe resposta clara.

O que é ITBI digital

ITBI digital é o processo em que todo o fluxo — documentos, análise, validação e emissão da guia — ocorre online, sem papel, sem filas e sem deslocamento.

O digital elimina ruídos e reduz erros. Estrutura etapas, integra setores e acelera a análise.

Vantagens:

  • envio eletrônico de documentos;

  • validação automática de dados;

  • menor risco de erro humano;

  • maior previsibilidade;

  • resposta rápida;

  • redução imediata de filas e retrabalho;

  • conveniência para o contribuinte.

Em Lagoa Santa, o digital transformou o relacionamento da prefeitura com o contribuinte. O secretário reforça que, como o Estado impõe o imposto, é dever do município facilitar — e o digital cumpre esse papel.

Como o ITBI digital melhora a vida do contribuinte

O ITBI digital resolve três problemas clássicos:

1. Incerteza

O contribuinte acompanha o processo em tempo real. Não precisa ligar, voltar ao balcão ou pedir informação em diferentes secretarias.

2. Demora

O sistema organiza documentos e mostra o fluxo. A equipe trabalha com clareza. A guia sai rápido.

3. Retrabalho

Arquivos incorretos são identificados na hora. O sistema orienta o contribuinte. Isso reduz erros e agiliza a conclusão.

A experiência de Lagoa Santa prova isso. O contribuinte passou a resolver tudo sem desgaste. A prefeitura ganhou previsibilidade e reduziu pressão sobre as equipes internas.

Impactos econômicos do ITBI digital

Digitalizar o ITBI gera impacto direto na:

  • arrecadação;

  • velocidade de circulação de imóveis;

  • segurança jurídica;

  • controle do município;

  • eficiência interna.

Antes do digital, Lagoa Santa convivia com desistências. Cada desistência representava perda tributária, retrabalho e atraso na movimentação econômica do município. Depois do digital, a guia sai no mesmo dia. Isso reduz abandono, acelera pagamentos e fortalece as finanças locais.

A cidade também passou a tomar decisões melhores. Com todos os dados do ITBI estruturados, a equipe visualiza o movimento imobiliário com clareza: onde cresce, onde retrai, onde há potencial de investimento.

Como pagar o ITBI

A prefeitura emite a guia digital. O contribuinte paga via banco, internet banking ou PIX, conforme disponibilidade local. Após o pagamento:

  • o sistema valida o valor;

  • a prefeitura libera o documento;

  • o cartório conclui o registro.

Prefeituras com integração digital nem exigem envio de comprovante. O sistema reconhece automaticamente.

ITBI e cartório: o que acontece depois do pagamento

Depois do pagamento:

  1. a prefeitura confirma a guia;

  2. o cartório registra a escritura;

  3. a matrícula do imóvel é atualizada;

  4. o comprador passa a constar como proprietário legal.

Com o ITBI digital, o cartório recebe tudo com clareza. Isso reduz devoluções, evita revisões desnecessárias e acelera o registro.

FAQ — Perguntas frequentes sobre ITBI

1. O que é ITBI?
É o imposto municipal que formaliza a transferência de propriedade de um imóvel.

2. Quem paga o ITBI?
Na maioria dos municípios, o comprador. Mas a legislação local define a regra.

3. Quando o ITBI deve ser pago?
Antes do registro no cartório.

4. Qual é a alíquota do ITBI?
Varia entre 2% e 3%, conforme o município.

5. ITBI digital tem validade jurídica?
Sim. É o mesmo imposto, apenas tramitando em ambiente digital.

6. Quanto tempo leva o ITBI digital?
Em cidades organizadas digitalmente, poucas horas.

7. O que atrasa o ITBI tradicional?
Documentos faltantes, análise manual e ausência de integração.

8. Posso parcelar o ITBI?
Alguns municípios permitem. Depende da lei local.

Conclusão

O ITBI é peça central no mercado imobiliário. Quando a prefeitura opera com papel e fluxos manuais, o contribuinte sofre, o processo atrasa e a cidade perde movimento econômico. O digital corrige isso. Garante velocidade, organização, previsibilidade e confiança.

A experiência de Lagoa Santa mostra que o ITBI digital elimina barreiras. O contribuinte resolve tudo em poucas horas. A prefeitura ganha eficiência. O mercado avança.

O caminho é claro: modernizar o ITBI não é tendência. É necessidade.

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