Economia de recursos na gestão pública: quando o digital vira resultado

Economia de recursos é o resultado direto da gestão pública digital. Veja como cidades reduziram custos e ganharam eficiência.

29/10/2025

Economia de recursos é a capacidade da administração pública de fazer mais com menos — reduzindo desperdícios, otimizando processos e aplicando o orçamento de forma mais inteligente.

Na prática, isso significa usar cada real arrecadado de forma eficiente, sem comprometer a qualidade dos serviços prestados ao cidadão.

No contexto atual, em que os municípios enfrentam limitações orçamentárias e demandas crescentes, economizar recursos não é apenas desejável — é essencial para manter políticas públicas sustentáveis.

Mas há uma diferença importante: economia de recursos não é corte de gastos.

Enquanto cortar gastos implica reduzir despesas de forma linear e, muitas vezes, emergencial, economizar recursos significa transformar a gestão para que as mesmas atividades custem menos e gerem mais resultado.

Banner com a frase ‘Toda gestão quer ser moderna. Poucas sabem por onde começar.’ em fundo azul, destacando chamada para liderar a transformação digital nas prefeituras.

A economia como pilar da eficiência pública

Em tempos de restrições fiscais, a busca por eficiência ganhou novo significado.

Governos locais passaram a entender que a economia nasce da modernização: processos simplificados, serviços digitais e integração entre secretarias eliminam retrabalhos e despesas ocultas.

O Tesouro Nacional e o Ipea têm reforçado que a transformação digital é um dos maiores vetores de redução de custos administrativos no setor público. Segundo estudos do Banco Mundial, cada dólar investido em digitalização pode gerar até cinco em economia no médio prazo.

No Brasil, o avanço do governo digital — impulsionado pela Lei nº 14.129/2021 — vem criando uma nova geração de prefeituras que tratam o orçamento com inteligência.

O segredo? Automatizar tarefas repetitivas, eliminar o papel e focar o trabalho humano onde ele realmente importa.

Por que economizar recursos é prioridade nos municípios

A economia de recursos é uma estratégia de sobrevivência e planejamento. Os gestores municipais enfrentam uma equação complexa: menos arrecadação, mais responsabilidades e cidadãos mais exigentes.

Entre as causas mais comuns da ineficiência pública estão:

  • Trâmites manuais e redundantes

  • Falta de integração entre sistemas e secretarias

  • Custos operacionais com papel, transporte e armazenamento físico

  • Desperdício de tempo e de capacidade técnica de servidores

Reduzir gastos não significa reduzir serviços. Significa revisar fluxos, automatizar etapas e adotar ferramentas digitais que gerem valor.

Computador em meio a papéis voando de estantes, simbolizando a transição do físico para o digital na gestão pública e a economia de recursos com processos eletrônicos.

Como a tecnologia impulsiona a economia de recursos

A tecnologia tem sido o caminho mais seguro para economizar com inteligência.

Ao migrar para sistemas digitais integrados, as prefeituras passam a operar em um ecossistema único, onde cada informação é registrada uma vez e reaproveitada em todas as áreas.

Isso reduz custos administrativos, aumenta a rastreabilidade e elimina tarefas manuais. Veja alguns impactos diretos da digitalização:

Ação de modernização

Impacto na economia de recursos

Implantação de processos nato-digitais

Eliminação de papel e de custos de impressão

Assinatura digital e eletrônica (ICP-Brasil)

Redução de deslocamentos e logística de documentos

Integração de sistemas entre secretarias

Menos retrabalho e duplicidade de dados

Automatização de fluxos internos

Economia de tempo de servidores

Atendimento digital ao cidadão

Redução de filas e custos de infraestrutura física

Essas iniciativas geram dupla economia: financeira e ambiental. Menos papel, menos energia, menos transporte, menos emissões de carbono.

Lagoa Santa: Economia e eficiência com inteligência artificial

Nos últimos dois anos, Lagoa Santa (MG) se tornou referência nacional em gestão pública digital. O município economizou mais de R$ 7 milhões dos cofres públicos ao eliminar processos físicos e adotar um sistema 100% digital.

Com 35 mil processos criados diretamente em formato digital, Lagoa Santa passou a tramitar todos os processos municipais dentro da plataforma Aprova, que utiliza inteligência artificial para automatizar análises internas e acelerar o atendimento ao cidadão.

💡A inteligência artificial da Aprova identifica automaticamente pendências e padrões técnicos, reduzindo erros e acelerando decisões.

Essa base tecnológica permitiu aplicar, de forma consistente, a dispensa de licenciamento de atividades de baixo risco, prevista na Lei da Liberdade Econômica — um avanço que simplifica a abertura de empresas e reduz custos tanto para o empreendedor quanto para a prefeitura.

Com secretarias como Planejamento, Fazenda, Meio Ambiente e Vigilância Sanitária operando em um mesmo ecossistema digital, o município ganhou agilidade, segurança jurídica e economia operacional.

Indicador

Resultado

Economia gerada

R$ 7.055.227,42

Processos digitais criados

35.566

Percentual de processos digitais

100% da prefeitura

Impacto

Redução de custos operacionais e agilidade na abertura de empresas

Esse movimento não é apenas financeiro — é estratégico.

A cidade passou a planejar melhor suas políticas públicas, cruzando dados de zoneamento, licenciamento e arrecadação em tempo real. Ou seja: a economia virou inteligência de gestão.

Servidor público analisa tela do sistema Lume com IA aplicada à transparência pública, mostrando como a inteligência artificial automatiza rotinas e garante eficiência.

Sorocaba (SP): produtividade como sinônimo de economia

Sorocaba é um dos exemplos mais sólidos de como a produtividade se traduz em economia de recursos públicos.

Desde o ano passado, a cidade economizou mais de R$ 6,4 milhões com a digitalização de processos na Secretaria de Planejamento.

Mais de 32 mil processos foram criados diretamente em formato digital — e o impacto é visível no dia a dia da administração. Hoje, 100% dos processos do Protocolo Geral da Seplan são digitais.

Indicador

Resultado

Economia gerada

R$ 6.473.011,47

Processos digitais criados

32.631

Agilidade média

80% mais rápido

Tempo para alvará de construção

Menos de 48 horas

Tempo para Habite-se

24 horas

Antes, documentos levavam semanas ou até meses para serem liberados. Agora, com automação e assinatura digital, alvarás são emitidos em até dois dias e Habite-se em apenas 24 horas.

💡Com a Aprova, a prefeitura envia cerca de 600 processos por mês automaticamente à Receita Federal. O sistema armazena, valida e transmite os relatórios em lote, sem planilhas nem buscas manuais — tudo concluído em menos de cinco minutos.

Esse ganho de eficiência mostra que economia de recursos não é apenas sobre cortar custos, mas sobre usar melhor o tempo — o recurso mais escasso na gestão pública.

Prefeito de Sorocaba recebe prêmio de Melhor Gestão no Prêmio Band Cidades Excelentes, representando o reconhecimento da modernização e economia de recursos na cidade.

Cascavel (PR): inteligência e automação gerando economia real

Nos últimos anos, Cascavel consolidou-se como uma das referências nacionais no uso de inteligência artificial na gestão pública

Com o uso da plataforma Aprova em toda a prefeitura e da inteligência artificial Lume no Instituto de Planejamento de Cascavel (IPC), o município transformou processos complexos em fluxos automáticos e totalmente rastreáveis.

Desde a implantação da solução, foram economizados mais de R$ 8 milhões dos cofres públicos, com mais de 40 mil processos criados diretamente no formato digital.

Indicador

Resultado

Economia gerada

R$ 8.008.395,27

Processos digitais criados

40.371

Integração

100% dos processos do Instituto de Planejamento e demais secretarias

Tecnologia

IA Lume automatiza análises e reduz tempo de tramitação

A automação permitiu que os servidores se concentrassem em análises técnicas e planejamento urbano, enquanto a IA garante que cada processo seja validado com base em dados atualizados e regras federais.

O resultado é uma economia de recursos que combina eficiência financeira, precisão administrativa e ganho de tempo para toda a gestão.

Mão segurando carimbo sobre documentos, com a frase ‘Prefeituras inteligentes carimbam resultados’, simbolizando a automação e a eficiência administrativa.

O tripé da economia de recursos: financeiro, humano e ambiental

A economia de recursos não se limita à tesouraria. Quando um governo se torna digital, ele economiza dinheiro, tempo e natureza.

Dimensão

Descrição

Exemplo prático

Financeira

Redução de despesas diretas e indiretas

Economia com papel, deslocamento e estrutura física

Humana

Melhoria na produtividade e satisfação dos servidores

Servidores dedicam-se a tarefas de maior valor

Ambiental

Redução de resíduos e emissões

Economia de toneladas de papel e CO₂ evitado

Esses três eixos se complementam: a eficiência financeira fortalece a gestão humana, que impulsiona o compromisso ambiental.

Boas práticas para gestores que buscam economia de recursos

Para alcançar resultados consistentes como os de Lagoa Santa, Sorocaba e São José dos Pinhais, os gestores podem seguir um roteiro estratégico baseado em cinco pilares:

  1. Mapeie seus processos internos.
    Identifique gargalos e atividades redundantes.

  2. Implante um sistema único de tramitação digital.
    Centralize informações e reduza o retrabalho.

  3. Integre secretarias e bancos de dados.
    As decisões precisam ser baseadas em dados compartilhados.

  4. Automatize fluxos e crie indicadores de desempenho.
    Meça resultados e quantifique economias.

  5. Incentive a cultura digital entre servidores.
    A transformação depende das pessoas que a operam.

📘 Leituras recomendadas:

Esses conteúdos complementam a visão estratégica e oferecem ferramentas práticas para quem deseja colocar a economia de recursos em ação.

Além dos números: o valor público da economia

Os resultados financeiros são apenas a ponta do iceberg.

Por trás de cada milhão economizado, há um novo padrão de atendimento, uma política pública aprimorada e uma cidade mais sustentável.

Quando a gestão economiza recursos, ela libera orçamento para investir em áreas essenciais, como educação, saúde e infraestrutura.

Essa redistribuição cria um ciclo virtuoso: eficiência → confiança → desenvolvimento.

Em outras palavras: economizar é investir no futuro da cidade. É a consequência direta de uma gestão que planeja, inova e entrega.

Banner do e-book ‘IA na prática’, com ilustração de chip e cérebro digital, destacando o uso da inteligência artificial na gestão pública e na economia de recursos.

FAQ — Perguntas frequentes sobre economia de recursos

1. O que significa economia de recursos na gestão pública?
É o uso eficiente do orçamento, reduzindo desperdícios e melhorando resultados sem cortar serviços.

2. Como a tecnologia ajuda a economizar recursos públicos?
Ao automatizar processos, eliminar papel e integrar secretarias, reduzindo custos operacionais e tempo de trabalho.

3. Quais são os principais exemplos de economia gerada pela digitalização?
Cidades como Lagoa Santa, Sorocaba e Cascavel, são referências de cidades que economizaram milhões ao digitalizar seus processos.

4. Quais leis incentivam a economia de recursos nos municípios?
A Lei do Governo Digital (Lei nº 14.129/2021) e a Lei da Liberdade Econômica (Lei nº 13.874/2019) são as principais.

5. O que é a Lei da Liberdade Econômica e como ela contribui para a economia pública?
Ela simplifica o licenciamento de atividades de baixo risco, reduzindo burocracia e custos administrativos.

6. Qual a diferença entre economia de recursos e corte de gastos?
Corte de gastos é pontual; economia de recursos é estrutural e sustentável.

7. Como medir a economia gerada pela transformação digital?
Por indicadores financeiros (R$ economizados), operacionais (tempo reduzido) e ambientais (papel evitado).

8. O que os gestores devem priorizar para reduzir custos sem comprometer serviços?
Automação, integração e capacitação de servidores — pilares da eficiência pública.

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