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Lume: aplicações práticas da inteligência artificial para o setor público
Entenda o que faz a inteligência artificial para o setor público, como os agentes de IA automatizam rotinas e conheça exemplos práticos de aplicações da IA no dia a dia do setor púlico.
20/08/2025
A gestão pública enfrenta um paradoxo. De um lado, a demanda por serviços cresce. De outro, os municípios sofrem com déficit de servidores, restrições fiscais e processos cada vez mais complexos.
Nesse cenário, a inteligência artificial para o setor público deixa de ser uma promessa distante e se torna uma necessidade imediata.
É aqui que entra a Lume, a inteligência artificial desenvolvida pela Aprova, criada para atuar diretamente nos fluxos de trabalho das prefeituras.
Mais do que responder perguntas, como fazem os chatbots, a Lume age: analisa documentos, executa tarefas, sugere decisões e aprende com o uso.
O que é a Lume e por que ela é diferente
A Lume é a inteligência artificial desenvolvida especificamente para o setor público.
Enquanto outras IAs funcionam como um automatizador de etapas (atividade comum já realizada pela Aprova desde 20217), a Lume opera como um servidor digital integrado à rotina municipal:
Analisa documentos e valida informações.
Executa tarefas repetitivas em segundos.
Toma decisões com base em regras legais.
Sugere encaminhamentos a gestores.
Trabalha 24/7 com rastreabilidade e explicabilidade.
Essa diferença é fundamental. No setor público, não basta “conversar” com a máquina — é preciso que ela execute com segurança jurídica, padronização e eficiência.

Agentes de IA: a nova era da gestão pública
A Lume, inteligência artificial da Aprova, é composta por agentes inteligentes. Mas o que isso significa na prática?
Um agente de IA é um módulo especializado dentro da Lume, configurado para executar uma tarefa específica da rotina da prefeitura.
Cada agente funciona como um servidor digital, que entende regras, analisa dados, toma decisões dentro do que está normatizado e sugere encaminhamentos.
Eles não são assistentes genéricos. Cada agente é criado com regras jurídicas, fluxos de trabalho e legislações aplicáveis, para que sua atuação seja precisa, transparente e segura.
É por isso que conseguimos falar em “Agente de Documentos”, “Agente de Férias” ou “Agente de Compras”: todos fazem parte da mesma inteligência, mas são especialistas em diferentes áreas da gestão pública.
🚨 Opinião de especialista: | ||
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Aplicações práticas da IA para o setor público
Agente de Análise de Documentos
Esse é o agente mais transversal da Lume. Ele valida RG, CPF, CNPJ, comprovantes de endereço, matrículas de imóveis e ARTs em segundos. Também pode ser aplicado para:
Controle antifraude: identifica duplicidades e documentos falsificados.
Integração externa: conecta-se a cartórios digitais e Receita Federal.
Auditoria contínua: revalida documentos em processos antigos (ex.: certidões vencidas).
Atendimento ao cidadão: evita protocolos indeferidos por erros simples.
Com isso, elimina falhas humanas e garante que os processos avancem de forma mais ágil e segura.
Agente de Resumo de Processos
Esse agente sintetiza automaticamente processos extensos, mostrando em segundos: quem solicitou, por onde passou e quais os próximos passos. Pode ser usado também para:
Relatórios executivos: secretários e prefeitos recebem uma visão consolidada.
Atendimento simplificado: fornece ao cidadão resumos acessíveis do andamento.
Painéis de gestão: integra-se a dashboards de BI para mapear gargalos.
Memória institucional: gera resumos de processos concluídos para consulta futura.
Assim, gestores ganham contexto imediato, sem perder horas analisando dezenas de páginas.
Veja o agente em ação:
Agente de Licitações
Hoje, o agente analisa dados de um processo de compras, cruza informações com a Lei 14.133/21 e gera automaticamente uma minuta de edital ou termo de referência. Mas ele vai além e também pode:
Gestão de fases posteriores: elaboração de atas, homologações e contratos.
Apoio à pesquisa de preços: sumariza cotações e sinaliza distorções.
Padronização intersecretarial: uniformiza documentos em todas as áreas da prefeitura.
Banco de minutas inteligentes: cria um acervo reutilizável para novos certames.
Checklist normativo: confere automaticamente se cada etapa cumpre a lei.
Na prática, o Agente de Licitações não apenas reduz retrabalho, mas também cria uma base de governança sólida e previsível para compras públicas.
Agente de Férias
Ele valida saldos, datas e regras do estatuto dos servidores, mas pode assumir novas funções:
Previsão de escalas: sugere datas para evitar desfalques em setores críticos.
Controle de passivos: aponta acúmulo de períodos e sugere regularização.
Relatórios gerenciais: apresenta um panorama por secretaria, ajudando no planejamento de pessoal.
Integração com folha: encaminha cálculos automáticos de abonos e adicionais.
Alertas preventivos: notifica sobre férias prestes a vencer.
Dessa forma, o RH deixa de atuar de forma apenas reativa e passa a gerir férias de maneira preventiva e estratégica.
Agente de Poda de Árvore
Esse agente resume informações cruciais para apoiar técnicos na decisão sobre autorizar ou não uma poda. Outros usos possíveis incluem:
Mapeamento urbano: cruza dados de geolocalização para gerar mapas de áreas críticas.
Classificação automática: prioriza pedidos de acordo com risco (rede elétrica, obstrução de via, queda iminente).
Integração com equipes de campo: encaminha ordens de serviço para otimizar deslocamentos.
Relatórios ambientais: gera estatísticas úteis para planejamento urbano.
Educação ambiental: identifica pedidos indevidos e oferece orientações ao cidadão.
Assim, o agente transforma pedidos pontuais em gestão ambiental estruturada e preventiva.
📚 Veja também: | ||
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Agente de Processo Seletivo
Aqui, a inteligência artificial resume títulos e certificados em processos seletivos, aplicando regras para sugerir parecer inicial. Ele também pode:
Classificação preliminar: gera ranking conforme critérios de pontuação.
Controle de inconsistências: aponta documentos inválidos antes da fase de recursos.
Apoio às entrevistas: prepara resumos individuais por candidato.
Gestão de transparência: gera informações automáticas para portais públicos.
Apoio jurídico: identifica riscos de judicialização por critérios mal aplicados.
Assim, a seleção de pessoal passa a ser mais rápida, padronizada e transparente.
Agente de Compras
O Agente de Compras atua como um analista técnico-jurídico automatizado. Ele já analisa termos de referência, documentos complementares e históricos de compras para emitir pareceres que verificam clareza, adequação legal, validade jurídica e riscos.
Ele também pode ser treinado para:
Monitorar preços em tempo real e alertar sobre distorções.
Gerenciar riscos com alertas de superfaturamento ou ausência de pesquisas válidas.
Padronizar justificativas para diferentes tipos de contratação.
Controlar prazos de vencimento de contratos e renovações.
Integrar auditorias: gerar relatórios de conformidade prontos para órgãos de controle.
Com isso, o agente não só evita falhas, mas também constrói um ambiente contínuo de inteligência para compras públicas.

Sob medida para cada prefeitura
O que você precisa, a Lume faz. A inteligência artificial da Aprova pode ser treinada para criar novos agentes de acordo com a demanda de cada secretaria.
Seja uma rotina de RH, um processo ambiental, uma análise urbanística ou uma tarefa financeira, a Lume aprende as regras e atua como especialista digital daquela atividade.
Impacto real da IA
Em 2025, Cascavel deu mais um passo à frente com a entrada da Lume, a inteligência artificial da Aprova que atua diretamente nos fluxos do IPC.
Aplicada à rotina pública, a Lume:
Analisa documentos e cruza dados em segundos.
Executa tarefas repetitivas, como verificar pendências ou validar campos
Toma decisões com base em regras, como liberar um alvará simples ou sinalizar para análise humana
Interage com múltiplos sistemas, sem depender de “pessoa passando planilha”.
Sugerir decisões baseadas em histórico e contexto.
💡A Secretaria de Planejamento estima que cada servidor deve poupar em torno de 30% do tempo com a Lume nas análises de documentos. Estima-se uma economia financeira de até R$ 360 mil por secretaria ao ano com o uso de IA. | ||
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Só no primeiro semestre deste ano em Cascavel, a IA executou mais de 5 mil atividades de apoio técnico, como:
Verificação de documentos (RG, CNPJ, matrícula)
Análise de comprovantes de endereço
Resumo automático de processos com muitas páginas
A funcionalidade mais utilizada é justamente o resumo de processos. Em vez de ler dezenas de páginas e acompanhar despachos sucessivos, o servidor recebe da Lume uma síntese objetiva, pronta para análise e tomada de decisão.

Já em Florianópolis, a IA integrada ao modelo autodeclaratório levou agilidade para a Secretaria de Meio Ambiente e a Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano.
A Lume opera no licenciamento de obras e representa um avanço significativo na etapa inicial do processo, afirma Ivanna Carla Tomasi, Secretária Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano.
“Hoje a IA analisa automaticamente os documentos e, já na etapa de consulta de viabilidade, indica se o projeto está compatível com os parâmetros definidos. Isso agiliza muito a tomada de decisão e reduz o retrabalho técnico"
Assista:
Por que a inteligência artificial é essencial para o setor público
O setor público não tem como escapar da transformação digital.
Déficit de servidores e restrições fiscais tornam a automação inevitável.
Processos manuais custam caro, aumentam o risco de erros e alimentam a burocracia.
Agentes inteligentes como a Lume permitem que as prefeituras façam mais com menos, entregando serviços mais rápidos e seguros para a população.
O futuro da gestão pública não é feito só de servidores humanos ou de sistemas estáticos. É feito de servidores digitais trabalhando ao lado de pessoas, cada um no que faz melhor.
Conclusão
A Lume representa uma virada de chave para a administração municipal. Ela prova que a inteligência artificial para o setor público não é promessa, é realidade.
E não se trata de substituir pessoas, mas de liberar os servidores humanos para o que é estratégico, relacional e complexo — enquanto a IA assume o que é repetitivo, normativo e padronizável.
FAQ
1. A Lume substitui servidores?
Não. Ela automatiza tarefas repetitivas e libera servidores para atividades estratégicas.
2. É seguro usar IA em processos públicos?
Sim. A Lume segue legislações específicas e registra todas as ações com rastreabilidade.
3. Quais áreas da prefeitura podem usar a Lume?
Todas. Entre elas, RH, Compras, Planejamento Urbano, Meio Ambiente, Tributos e Comunicação.
4. A Lume se adapta às regras locais?
Sim. Cada agente é configurado conforme as normas e leis municipais.
5. Qual a diferença entre a Lume e outras IAs genéricas?
Enquanto outras apenas respondem, a Lume executa tarefas, sugere decisões e valida informações com segurança jurídica.