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Inteligência artificial na prática: resultados na gestão pública
Dos mais de 10 mil documentos analisados em prefeituras, 81% das análises se concentram em documentos essenciais exigidos em praticamente todos os fluxos administrativos.
A inteligência artificial (IA) tem ganhado espaço na gestão pública brasileira como aliada para modernizar processos, reduzir burocracias e ampliar a qualidade dos serviços oferecidos à população. Em um cenário de transformação digital crescente, o uso da IA representa uma das etapas mais avançadas dessa evolução.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 37% dos postos de trabalho no Brasil estão expostos à inteligência artificial generativa, o que revela o potencial dessa tecnologia para transformar o modo como o setor público opera, especialmente nas atividades mais repetitivas.
A análise de documentos é uma das tarefas mais comuns na rotina de prefeituras. Conferir prazos, validar dados e garantir a autenticidade de certidões, matrículas ou comprovantes ainda consome horas de trabalho manual em muitos municípios. Isso está mudando, mas é preciso cuidado.
A base para aplicar IA nas prefeituras
Embora o termo "inteligência artificial" tenha ganhado popularidade, é importante reconhecer que essa tecnologia depende de dados organizados, padronizados e acessíveis para funcionar de forma eficaz.
Na prática, isso significa:
Digitalizar processos: a IA não atua sobre papéis, e-mails ou mensagens soltas.
Padronizar etapas e formulários: para que as informações coletadas sigam o mesmo modelo em toda a prefeitura.
Unificar a base de dados: facilitando a análise integrada entre setores e evitando retrabalhos.
Sem essas condições, a IA não consegue operar. E mais do que isso: muitas soluções vendidas como “inteligência artificial” acabam oferecendo, na prática, apenas funções básicas.
Em alguns casos, o que se apresenta como “inteligência artificial” para o setor público é, na verdade, apenas uma automação, o mínimo oferecido mesmo nos sistemas mais simples disponíveis no mercado.
O que nem sempre é IA (mesmo quando dizem que é)

Muitas prefeituras contratam sistemas que dizem ter IA, mas o que oferecem são campos automatizados, filtros e buscas estruturadas, sem qualquer capacidade real de interpretação ou tomada de decisão.
Por exemplo: são sistemas em que o servidor digita uma palavra-chave e recebe uma lista de processos ou documentos que contêm esse termo. Esse tipo de funcionalidade pode, sim, facilitar a rotina. Mas não caracteriza uma inteligência artificial.
A IA, no contexto da administração pública, exige compreensão do conteúdo, validação de regras, extração de dados de documentos, e capacidade de aprendizado com o uso contínuo. Ela não apenas organiza a informação — ela atua sobre ela.
Por isso, é essencial diferenciar entre sistemas com automações básicas e soluções baseadas em IA de verdade, que contribuem ativamente para a eficiência da gestão.
O que é a Lume?
A Lume é um agente de inteligência artificial desenvolvido pela Aprova, especializado em automatizar a análise de documentos e a tramitação de processos administrativos nas prefeituras.
Ao ser integrada à rotina dos servidores, a Lume permite que diversas etapas burocráticas sejam executadas automaticamente, com segurança e precisão. A Lume:
Analisa documentos e cruza dados em segundos
Verifica pendências e valida informações, elimina tarefas repetidas
Sugere decisões com base no histórico e nas regras do sistema
Interage com múltiplos sistemas, sem depender de trabalho manual

Benefícios reais para a gestão pública
Redução de tempo com tarefas operacionais
Aumento da produtividade das equipes
Eliminação de retrabalho e falhas humanas
Economia com pessoal e custos indiretos
Preenchimento automático de dados
Maior transparência e rastreabilidade nos processos
Tudo isso passa a ser feito pela IA, de forma automática e em segundos. Isso reduz o tempo de tramitação, evita retrabalhos e permite que o servidor atue em tarefas mais estratégicas.
Resultados comprovados
Em menos de cinco meses desde seu lançamento, a Lume já foi utilizada em 10.759 análises automáticas de documentos em diferentes cidades e serviços. Já são:
+ 8.720 documentos de identidade (RG, CNH, CPF)
+ 1.160 matrículas de imóvel
+ 290 comprovantes de endereço
+ 230 registros de responsabilidade técnica (RRT)
+ 160 cartões CNPJ
Mais de 81% das análises se concentram em documentos essenciais exigidos em praticamente todos os fluxos administrativos, reforçando o papel da IA na automatização de tarefas críticas e repetitivas.
💡 Saiba mais: Com investimento total de R$ 23 bilhões, o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial busca consolidar o Brasil como referência mundial.
Economia de tempo e dinheiro
A cidade de Cascavel é um dos principais exemplos de uso prático da IA no setor público. Desde a adoção da Lume, os resultados incluem:
3.447 documentos validados automaticamente
212 matrículas analisadas pela IA, com economia de cerca de 1.060 minutos de trabalho manual
Ganho estimado de até 70 dias úteis por ano por servidor
Economia anual estimada de R$ 360 mil por secretaria
Na maioria dos processos, a tramitação pode ser até 80% mais rápida, considerando a análise automatizada e a eliminação de retrabalhos.
Aplicações da IA na prefeitura
A Lume pode ser aplicada em diferentes áreas e contextos:
Recursos Humanos: Validação de RG, CNH e passaportes no processo de admissão de servidores.
Licenciamento Ambiental: Verificação automática de certidões, vistorias e documentos de regularidade.
Licitações: Triagem e validação de documentos apresentados por fornecedores.
Programas Sociais: Conferência de comprovantes de residência e CPF no cadastro de beneficiários.
Obras Públicas: Análise de contratos, Regularização fundiária, alvarás e documentos fiscais de forma automática.
Concessão de Licenças: Validação de laudos, inspeções, verificações fiscais e sanitárias e autorizações em processos de funcionamento.
Diferença entre a Lume e uma IA tradicional

FAQ – Inteligência artificial na gestão pública
1. O que é necessário para aplicar inteligência artificial na prefeitura?
A IA precisa de dados organizados, padronizados e integrados. Isso significa que os processos precisam estar digitalizados, com formulários e fluxos estruturados de forma clara, permitindo que a IA interprete e aja sobre essas informações.
2. Um sistema com campo de busca pode ser considerado inteligência artificial?
Não. Sistemas com campo de busca apenas localizam termos digitados pelo usuário. A IA, por sua vez, é capaz de interpretar documentos, extrair dados, validar regras e sugerir decisões. São tecnologias distintas, com propósitos e capacidades muito diferentes.
3. Em quanto tempo a Lume pode ser implantada?
Para prefeituras que já utilizam a plataforma Aprova, a Lume pode ser ativada em até 10 dias, sem necessidade de nova licitação. O processo é simples e a adaptação é rápida, com suporte completo da equipe técnica.
4. A IA funciona em cidades pequenas?
Sim. A Lume foi desenvolvida para atender prefeituras de todos os portes. Mesmo municípios com equipes reduzidas se beneficiam da automação de tarefas repetitivas, economizando tempo e recursos.