Legislação

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O que é o Sistema Nacional de Arquivos (SINAR) e como funciona

Entenda o que é o Sistema Nacional de Arquivos (SINAR), como funciona, sua legislação, importância para a gestão documental e desafios atuais no Brasil.

02/09/2025

A forma como governos produzem, organizam e preservam documentos define não apenas a memória administrativa de um país, mas também a transparência e a eficiência de suas instituições. No Brasil, esse papel é desempenhado pelo Sistema Nacional de Arquivos (SINAR).

Para servidores públicos e gestores municipais, entender o que é o Sistema Nacional de Arquivos, como funciona e qual sua importância é essencial para alinhar práticas locais de gestão documental às diretrizes nacionais.

O que é o Sistema Nacional de Arquivos (SINAR)

O Sistema Nacional de Arquivos (SINAR) é a estrutura que integra órgãos públicos e privados responsáveis por gerir, preservar e dar acesso a documentos de valor administrativo, legal e histórico. Ele funciona como uma rede articulada, orientando políticas públicas e padronizando procedimentos de gestão documental em todo o país.

Em termos simples, o SINAR garante que documentos de interesse público sejam preservados, acessíveis e organizados, evitando a dispersão ou perda de informações essenciais para a sociedade.

Qual a função do Sistema Nacional de Arquivos

A principal função do SINAR é assegurar a preservação e o acesso aos documentos públicos. Isso inclui tanto documentos correntes e administrativos quanto registros permanentes de valor histórico.

Entre as funções práticas, destacam-se:

  • Definir normas e padrões de gestão digital de documentos;

  • Apoiar órgãos públicos na organização de seus arquivos;

  • Preservar a memória institucional do Estado;

  • Promover o acesso à informação, conforme a Lei nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação).

Assim, o SINAR fortalece a governança pública ao transformar a gestão de arquivos em política de Estado.

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Base legal e normativa do SINAR

O funcionamento do SINAR está amparado em uma sólida base normativa. Os principais marcos legais são:

  • Lei nº 8.159/1991: institui a Política Nacional de Arquivos Públicos e Privados, que dá origem ao SINAR;

  • Decreto nº 4.073/2002: regulamenta a lei e detalha competências do Arquivo Nacional;

  • Constituição Federal de 1988: garante o direito de acesso à informação;

  • Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011): reforça a obrigatoriedade da transparência pública.

Essas normas estabelecem os deveres dos entes federativos e vinculam os municípios ao compromisso de gerir adequadamente seus documentos.

Como o Sistema Nacional de Arquivos funciona na prática

Na prática, o SINAR funciona como uma rede coordenada pelo Arquivo Nacional, responsável por orientar e apoiar arquivos estaduais e municipais.

O funcionamento se organiza em três níveis:

  1. Coordenação central – O Arquivo Nacional define normas e presta apoio técnico.

  2. Articulação regional – Arquivos estaduais e municipais implementam políticas locais, respeitando padrões nacionais.

  3. Integração temática – Conselhos e comissões setoriais tratam de áreas específicas, como saúde, educação ou meio ambiente.

Esse modelo federativo assegura abrangência nacional sem comprometer a autonomia administrativa de cada ente.

Quem faz parte do SINAR

O Sistema Nacional de Arquivos é composto por:

  • Arquivo Nacional (órgão central do sistema);

  • Arquivos estaduais e municipais;

  • Arquivos de órgãos da administração direta e indireta;

  • Arquivos privados considerados de interesse público e social;

  • Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ), órgão normativo e fiscalizador.

Essa rede garante que documentos de diferentes esferas sejam tratados de forma coordenada e padronizada.

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Importância do SINAR para a gestão pública

Para os gestores municipais, o SINAR representa muito mais do que a preservação de documentos antigos. Ele é essencial para:

  • Melhorar a tomada de decisão administrativa;

  • Aumentar a eficiência dos processos internos;

  • Garantir transparência e permitir controle social;

  • Fortalecer a memória institucional, preservando registros para futuras gestões.

Em resumo, a adesão às diretrizes do SINAR significa uma gestão pública mais organizada, eficiente e transparente.

Qual a relação entre o SINAR e a digitalização de processos municipais

O SINAR não é uma plataforma de tramitação digital, mas sua efetividade depende de como os municípios organizam seus processos.

Prefeituras que ainda mantêm fluxos em papel encontram mais dificuldade para se alinhar ao sistema. Já aquelas que investem em gestão documental com suporte tecnológico se tornam mais ágeis, seguras e conectadas às normas nacionais.

Como a tecnologia fortalece a preservação documental no Sistema Nacional de Arquivos

A tecnologia atua como aliada estratégica do SINAR. Com gestão online de documentos, os órgãos conseguem:

  • Evitar perdas típicas de arquivos físicos;

  • Automatizar fluxos e reduzir falhas humanas;

  • Facilitar a transparência via Lei de Acesso à Informação;

  • Criar sistemas de busca e interoperabilidade entre entes federativos.

Prefeituras que já avançaram na gestão de processos digitais relatam ganhos expressivos: tramitação mais rápida, maior previsibilidade e integração com normas do SINAR.

Em Patos de Minas (MG), por exemplo, a modernização da gestão documental com processos 100% digitais resultou em mais de 285 mil processos tramitados, R$ 2,5 milhões economizados e 23 milhões de cópias evitadas em quatro anos.

Conheça outras cidades que transformaram a gestão de processos e avançaram em gestão eletrônica de documentos, reforçando na prática a importância das diretrizes do SINAR.

Por que municípios digitais estão mais preparados para o SINAR

Municípios que implementam políticas de gestão pública digital saem na frente. Ao migrar processos do físico para o digital, criam um ambiente de preservação mais robusto e reduzem custos de manutenção de arquivos físicos.

Isso também fortalece a interoperabilidade entre órgãos públicos, permitindo que o SINAR se consolide como uma verdadeira rede nacional de arquivos, acessível e transparente.

Desafios atuais do Sistema Nacional de Arquivos

Apesar de sua importância, o SINAR enfrenta obstáculos:

  • Falta de recursos para arquivos estaduais e municipais;

  • Infraestrutura precária, com espaços inadequados para guarda de documentos;

  • Necessidade de capacitação contínua de servidores;

  • Integração limitada entre esferas federativas;

  • Adaptação ao digital, ainda em construção em muitos órgãos.

Futuro e perspectivas para o Sistema Nacional de Arquivos

O futuro do SINAR passa por três direções principais:

  • Integração federativa mais forte, com redes colaborativas entre União, estados e municípios;

  • Capacitação de servidores públicos, com foco em gestão digital de documentos;

  • Preservação digital robusta, garantindo que a documentação eletrônica tenha validade e segurança a longo prazo.

Ao investir nesses eixos, o SINAR se consolidará como guardião da memória e da transparência no Brasil.

Referências: Sistema Nacional de Arquivos - Sinar / Conselho Nacional de Arquivos - Conarq.

FAQ – Perguntas frequentes sobre o SINAR

1. O que é o Sistema Nacional de Arquivos?

É a rede coordenada pelo Arquivo Nacional que integra órgãos públicos e privados para gerir, preservar e dar acesso a documentos de valor administrativo e histórico.

2. Quem coordena o SINAR no Brasil?

O órgão central é o Arquivo Nacional, com apoio do Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ).

3. Qual a função principal do SINAR?

Padronizar e orientar a gestão documental, garantindo preservação, acesso à informação e transparência.

4. O SINAR trata apenas de documentos físicos?

Não. Ele abrange tanto documentos físicos quanto digitais, embora a preservação digital ainda seja um desafio em evolução.

5. Como a tecnologia ajuda o SINAR?

Por meio da gestão digital de documentos, que garante preservação, transparência e integração entre órgãos.

Próximos passos

O Sistema Nacional de Arquivos reforça a importância da gestão documental organizada e digitalizada para garantir eficiência, transparência e preservação da memória pública. Municípios que se antecipam e estruturam seus processos nesse sentido saem na frente.

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