Ética e transparência
Diferença entre memorando e ofício: você sabe quando utilizar cada um?
A comunicação eficaz e objetiva é fundamental para o sucesso de qualquer organização, especialmente no setor público.
Nesse contexto, entender a diferença entre memorando e ofício é essencial, pois esses são dois dos documentos administrativos mais utilizados.
Embora à primeira vista possam parecer similares, esses documentos têm características e funções distintas.
Neste artigo, vamos detalhar o que são memorando e ofício, suas características, quando e como utilizar cada um, além de oferecer exemplos e dicas práticas para a redação de ambos.
O que é um memorando?

O memorando é um documento de comunicação interna utilizado dentro das organizações para transmitir informações, solicitar providências ou encaminhar decisões.
Sua principal característica é a informalidade relativa, sendo destinado exclusivamente ao ambiente interno da instituição.
Características do memorando
O memorando é caracterizado pela sua simplicidade e direção. Geralmente é curto, direto ao ponto e pode incluir anexos ou referências a documentos adicionais para fornecer contexto ou outros detalhes.
Uso interno: É utilizado exclusivamente para comunicações dentro da organização.
Informalidade: Embora seja um documento oficial, o memorando permite um tom mais informal em comparação com outros documentos administrativos.
Formato padrão: Possui uma estrutura menos rígida, podendo variar conforme a necessidade da comunicação.
Quando utilizar um memorando
O memorando é apropriado para diversas situações dentro de uma organização. Isso inclui a comunicação de diretrizes, instruções, pedidos, relatórios e outros tipos de informações internas.
Leia também: Guia prático - o que você precisa saber sobre comunicação interna na prefeitura
Comunicações rápidas: Para transmitir informações urgentes e diretas entre departamentos.
Instruções operacionais: Para instruir equipes sobre procedimentos internos.
Solicitações internas: Para pedir informações ou ações de outros setores da organização.
Os memorandos são ideais para situações em que a rapidez e a eficiência na comunicação são cruciais, permitindo que a mensagem chegue ao destinatário sem a necessidade de formalidades excessivas.
O que é um ofício?

Diferente do memorando, o ofício é um documento mais formal, utilizado para comunicações externas e internas, destinado a autoridades, empresas ou outras organizações. É amplamente utilizado no setor público e em relações institucionais.
Características do ofício
O ofício possui uma estrutura rigorosa que deve ser seguida. Inclui o cabeçalho da instituição, o número de controle, o local e a data, o destinatário, o assunto, o texto e o remetente.
Além disso, o ofício deve ser assinado por quem o enviou, reforçando seu caráter formal e oficial. A linguagem utilizada em um ofício é formal e respeitosa, para transmitir profissionalismo e seriedade.
Formalidade: Possui um tom formal e segue normas rigorosas de redação.
Uso externo e interno: Pode ser utilizado tanto para comunicações internas quanto externas.
Estrutura rigorosa: Segue um formato específico que inclui cabeçalho, corpo do texto e fecho.
O ofício geralmente é mais extenso do que o memorando e pode incluir introdução, desenvolvimento e conclusão, além de referências e anexos relevantes.
Quando utilizar um ofício
O ofício é utilizado em diversas ocasiões, como em solicitações, convites, comunicações oficiais, entre outros. Ele serve como uma ferramenta de correspondência oficial e formal, seja interna ou externa.
Fique por dentro: 12 passos para elaborar um plano de comunicação no setor público
Comunicações oficiais: Para transmitir decisões formais ou informações oficiais.
Solicitações formais: Para solicitar informações, serviços ou respostas de outras organizações.
Correspondências externas: Para se comunicar com autoridades, empresas ou entidades externas.
Os ofícios são essenciais para garantir que as comunicações sejam levadas a sério e tratadas com a devida importância e formalidade.
Principais diferenças entre memorando e ofício

Embora ambos sejam documentos administrativos, memorando e ofício têm características e usos distintos.
Estrutura e formalidade
A principal diferença entre memorando e ofício reside na sua estrutura e formalidade. Enquanto o memorando é mais informal e flexível, o ofício é altamente formal e segue uma estrutura definida.
Uso e aplicação
Memorando: Usado para comunicações internas rápidas e informais.
Ofício: Usado para comunicações formais, tanto internas quanto externas, com um maior grau de formalidade.
Os memorandos são ideais para mensagens curtas e diretas, enquanto os ofícios são mais apropriados para comunicações detalhadas que exigem um registro formal.
Elementos obrigatórios
A redação de memorandos e ofícios requer atenção a detalhes e uma linguagem adequada ao propósito do documento.
Memorando
Um memorando inclui os seguintes elementos obrigatórios:
Cabeçalho: Nome da organização, título "Memorando", número de referência.
Destinatário: Nome e posição do destinatário.
Remetente: Nome e posição do remetente.
Data: Data de emissão do memorando.
Assunto: Breve descrição do assunto tratado.
Corpo do texto: Mensagem principal, geralmente curta e direta.
Conclusão: Ação esperada ou agradecimento.
Ofício
Um ofício inclui os seguintes elementos obrigatórios:
Cabeçalho: Nome da organização, número do ofício, local e data.
Destinatário: Nome, posição e endereço do destinatário.
Assunto: Breve descrição do assunto tratado.
Corpo do texto: Introdução, desenvolvimento e conclusão.
Conclusão: Ação esperada, agradecimentos e despedidas formais.
Assinatura: Nome, posição e assinatura do remetente.
Neste manual elaborado pelo Programa Nacional de Formação em Administração Pública, você encontra outros documentos com a orientação da redação oficial de cada um deles.
Dicas para redação de memorandos e ofícios
Ao redigir um memorando, mantenha o tom profissional, mas direto. A mensagem deve ser clara e concisa. Evite o uso de jargões e termos técnicos, a menos que sejam absolutamente necessários.
Na redação de ofícios, a formalidade é essencial. A estrutura e a linguagem devem seguir os padrões oficiais. Além disso, é preciso ser respeitoso e profissional, independentemente do destinatário do ofício.
Redação de memorandos
Tom adequado: Utilize um tom direto e objetivo, adequado ao contexto interno.
Clareza e concisão: Seja claro e conciso, evitando ambiguidades.
Formato flexível: Adapte o formato conforme a necessidade da comunicação.
Redação de ofícios
Formalidade: Mantenha um tom formal e respeitoso.
Estrutura definida: Siga a estrutura padrão de ofícios, incluindo cabeçalho, corpo do texto e fecho.
Linguagem apropriada: Use uma linguagem formal e técnica, adequada ao destinatário.
Memorandos e ofícios digitais
Com o avanço da tecnologia, a tramitação de documentos digitais se tornou uma prática comum e altamente recomendada.
Utilizar uma plataforma digital para a tramitação de memorandos e ofícios oferece diversas vantagens, tais como:
Rapidez: A tramitação digital permite o envio e recebimento instantâneo de documentos, agilizando processos internos e externos.
Segurança: Documentos digitais são menos suscetíveis a extravios, rasuras ou falsificação, garantindo a integridade das informações.
Acessibilidade: Com uma plataforma digital, os documentos podem ser acessados de qualquer lugar e a qualquer momento, facilitando a comunicação e a tomada de decisões.
Economia: Reduz os custos com papel, impressão e transporte, além de minimizar o impacto ambiental.
Garantia de integridade
A Aprova assegura que tanto memorandos quanto ofícios sejam tramitados de forma segura e eficiente.
As informações são armazenadas em um ambiente seguro, com controles de acesso que impedem alterações não autorizadas e garantem que o documento original permaneça intacto.
Especialmente em órgãos públicos, adotar a tramitação digital desses documentos é uma excelente prática para melhorar as operações administrativas.
Precisa melhorar a comunicação na sua prefeitura? Saiba como a Aprova pode te ajudar. Clique aqui e converse com um especialista.
Artigos relacionados
Ética e transparência
6 de fev. de 2025
Marco regulatório da Inteligência Artificial: guia completo
Ética e transparência
13 de jan. de 2025
Isonomia: o que é e como ela transforma o seu dia a dia
Ética e transparência
13 de jan. de 2025
Principais tipos de auditoria: saiba como escolher o ideal
Políticas Públicas
10 de jan. de 2025
FNS e o impacto na gestão pública
Lançamentos
27 de dez. de 2024
Painel Fiesp: Lei 182 e o Marco Legal das Startups
Ética e transparência
27 de dez. de 2024
Entenda o que é Lei Orçamentária Anual e as diferenças entre PPA e LDO
Ética e transparência
27 de dez. de 2024
Você já sabe quais são as alterações com a nova Lei de Liberdade Econômica?
Ética e transparência
27 de dez. de 2024
MP 1040/21: entenda as principais alterações na legislação brasileira
Ética e transparência
27 de dez. de 2024
Marketing político em ano eleitoral: o que pode e o que não pode
Políticas Públicas
27 de dez. de 2024
Lei do Governo Digital: 6 pontos que você precisa saber
Políticas Públicas
27 de dez. de 2024
8 passos para implementar a Lei de Licenciamento Simplificado nos municípios
Ética e transparência
27 de dez. de 2024
Lei da Ouvidoria determina as regras, mas é a sua gestão que escolhe as ferramentas para garantir a eficiência
Políticas Públicas
27 de dez. de 2024
Lei Complementar 182 e o Marco legal das Startups
Políticas Públicas
27 de dez. de 2024
O que é a Lei Complementar 136/2023 e como ela ajuda os municípios brasileiros
Ética e transparência
26 de dez. de 2024
Diferença entre memorando e ofício: você sabe quando utilizar cada um?
Políticas Públicas
26 de dez. de 2024